segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Julgamento dos acusados da morte do pequeno João Roberto


Julgamento do cabo William de Paula

O cabo William de Paula, acusado de matar o menino, João Roberto, 3 anos, na Tijuca, foi absolvido pelo crime de homicídio doloso, por quatro votos a três, em julgamento no dia 10/12/2008 no 2º Tribunal do Júri. Ele foi condenado por lesão corporal leve contra a mãe e o irmão do menino a sete meses em regime aberto, mas a pena foi convertida para prestação de serviços comunitários por 1 ano.

O Ministério Público recorreu e, em 2009, a Justiça anulou a sentença, determinando que o acusado fosse levado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. O denunciado Elias Gonçalves recorreu da sentença de pronúncia. Com isso, o seu processo foi desmembrado e foi julgado pelo 2º Tribunal do Júri.

"A fita (imagens que mostram a ação) é clara e estou confiante na condenação. Não entendo até hoje porque agiram daquela forma. O modelo do carro era diferente, a cor era diferente", disse Alessandra, antes de ser divulgado o veredito.




"Saí do tribunal estarrecido. Continuo com meu sofrimento e não consigo fazer justiça pela morte de meu filho. Fizeram uma barbárie com minha família", disse Paulo Roberto, em entrevista à Rádio Bandnews.

O pai da criança criticou a postura violenta dos PMs durante a ação.

"Eles (policiais) chegam para matar e tem gente que acha certo. Foi um verdadeiro milagre tirar minha esposa e outro filho com vida daquele carro. Eu quero justiça, mas infelizmente não consigo". 


Julgamento do soldado Elias Gonçalves da Costa Neto

O julgamento do soldado Elias Gonçalves da Costa Neto que acompanhava o cabo William, e é acusado de matar o pequeno João Roberto Amorim Soares, foi realizado no dia 24 de novembro de 2011, no 2º Tribunal do Júri, no Centro do Rio de Janeiro, às 13 horas.

O ex-policial militar Elias Gonçalves foi absolvido, com o placar de 5 votos a 2, depois de mais de sete horas de julgamento. A decisão foi dada pelo júri popular, em sessão iniciada na tarde de 24/11, e lida pelo juiz Jorge Luiz Le Cocq D'Oliveira, do 2º Tribunal do Júri, por volta das 21h50.

Os pais de João Roberto deixaram o local antes do resultado. Ainda cabe recurso à acusação.  

O ex-PM Elias Gonçalves (centro) sorri ao deixar o tribunal
 Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

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