terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Olha quem a PM trata como Bandido


Essa foi uma das capas dos jornais que noticiaram a triste tragédia, que vitimou o pequeno João Roberto Amorim Soares, de apenas 3 anos, em julho de 2008.

Vítima do Estado, de uma polícia despreparada, irresponsável e depois vítima da própria sociedade, que absolveu os dois acusados; Willian de Paula e Elias Gonçalves da Costa e únicos responsáveis pela morte do menino!

Não houve troca de tiros, os PM's abordaram as vítimas à base de tiros e dispararam 17 vezes num carro parado e ainda assim foram absolvidos, porém o pequeno João Roberto e sua família não tiveram uma segunda chance!

Pense nisso:

E SE FOSSE SEU FILHO, VOCÊ ABSOLVERIA?!

O cabo Willian de Paula será julgado novamente, pois o Ministério Público recorreu e conseguiu anular o julgamento. A data do novo júri ainda não foi marcada.

Temos que conscientizar a população de que o POLICIAL MATOU o pequeno João Roberto e não podemos aceitar que o crime fique impune.

Mais informações nesse link: Julgamento dos acusados da morte do pequeno João Roberto


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Ex-PM acusado de matar o menino João Roberto culpa o colega pelo crime


RJTV 2ª Edição
Quinta-feira, 24/11/2011

Elias Gonçalves da Costa, que acompanhava o cabo William, e acusado de matar o pequeno João Roberto Amorim Soares, de apenas 3 anos, no dia 06 de julho de 2008, foi julgado no 2º Tribunal do Júri, no dia 24 de novembro de 2011 e absolvido, com o placar de 5 votos a 2, depois de mais de sete horas de julgamento. Ele admitiu que mentiu em outros depoimentos e contou que só deu um tiro para o alto e que o colega, William de Paula, é quem teria atirado no carro onde estava João Roberto, em 2008.

O cabo
William de Paula, acusado de matar o menino, João Roberto foi absolvido pelo crime de homicídio doloso, por quatro votos a três, em julgamento no dia 10/12/2008 no 2º Tribunal do Júri. Ele foi condenado por lesão corporal leve contra a mãe e o irmão do menino a sete meses em regime aberto, mas a pena foi convertida para prestação de serviços comunitários por 1 ano.

O Ministério Público recorreu e, em 2009, a Justiça anulou a sentença, determinando que o acusado fosse levado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. 
O denunciado Elias Gonçalves recorreu da sentença de pronúncia. Com isso, o seu processo foi desmembrado e foi julgado pelo 2º Tribunal do Júri.

Expulsos os dois policiais envolvidos na morte do pequeno João Roberto


Em janeiro de 2009, a Polícia Militar decidiu expulsar os dois policiais envolvidos na morte do menino João Roberto, ocorrida em 6 de julho de 2008 na rua Uruguai, na Tijuca. Ao contrário do que foi noticiado anteriormente, não foi somente o cabo William de Paula a ser expulso da corporação, mas também o soldado Elias Gonçalves Costa Neto. A decisão foi tomada por um colegiado da corporação e foi atendida pelo comandante-geral, o coronel Gilson Pitta, como informou em primeira mão o Blog Casos de Polícia, do Extra Online.

A decisão foi publicada no Boletim da Polícia Militar. O documento informava que o soldado Elias havia sido posto de licença. No entanto, a Polícia Militar informou que trata-se apenas de uma nomenclatura diferenciada, já que o soldado não tinha estabilidade por ter menos de 10 anos na polícia.

O dois militares foram submetidos a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que observou a atuação de ambos na ocorrência que culminou na morte de João Roberto. A conclusão foi que os dois não são mais capazes de exercer a função de policial militar. O advogado de Willian informou que o cabo irá recorrer da decisão.

Em julho de 2008, Alessandra Amorim Soares chegou com seus dois filhos à rua Uruguai em seu Palio. O veículo foi atingido por vários disparos feitos pelos policiais, apesar do apelo da mãe alegando que não estava armada. Os policiais teriam confundido o carro de Alessandra com o de bandidos durante uma perseguição.

Em dezembro de 2008, William de Paula foi absolvido pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. No julgamento, William reconheceu que errou ao confundir o carro onde estava o menino e sua mãe, com um veículo ocupado por bandidos.

Na época da absolvição pelo Tribunal do Júri, o governador Sérgio Cabral afirmou que os jurados erraram. Cabral defendeu o afastamento do policial e disse que o PM não está preparado sequer para fazer serviços administrativos.

Elias Gonçalves da Costa, que acompanhava o cabo William, e acusado de matar o pequeno João Roberto Amorim Soares, foi julgado no 2º Tribunal do Júri, no dia 24 de novembro de 2011 e absolvido, com o placar de 5 votos a 2, depois de mais de sete horas de julgamento. 

Julgamento dos acusados da morte do pequeno João Roberto


Julgamento do cabo William de Paula

O cabo William de Paula, acusado de matar o menino, João Roberto, 3 anos, na Tijuca, foi absolvido pelo crime de homicídio doloso, por quatro votos a três, em julgamento no dia 10/12/2008 no 2º Tribunal do Júri. Ele foi condenado por lesão corporal leve contra a mãe e o irmão do menino a sete meses em regime aberto, mas a pena foi convertida para prestação de serviços comunitários por 1 ano.

O Ministério Público recorreu e, em 2009, a Justiça anulou a sentença, determinando que o acusado fosse levado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. O denunciado Elias Gonçalves recorreu da sentença de pronúncia. Com isso, o seu processo foi desmembrado e foi julgado pelo 2º Tribunal do Júri.

"A fita (imagens que mostram a ação) é clara e estou confiante na condenação. Não entendo até hoje porque agiram daquela forma. O modelo do carro era diferente, a cor era diferente", disse Alessandra, antes de ser divulgado o veredito.




"Saí do tribunal estarrecido. Continuo com meu sofrimento e não consigo fazer justiça pela morte de meu filho. Fizeram uma barbárie com minha família", disse Paulo Roberto, em entrevista à Rádio Bandnews.

O pai da criança criticou a postura violenta dos PMs durante a ação.

"Eles (policiais) chegam para matar e tem gente que acha certo. Foi um verdadeiro milagre tirar minha esposa e outro filho com vida daquele carro. Eu quero justiça, mas infelizmente não consigo". 


Julgamento do soldado Elias Gonçalves da Costa Neto

O julgamento do soldado Elias Gonçalves da Costa Neto que acompanhava o cabo William, e é acusado de matar o pequeno João Roberto Amorim Soares, foi realizado no dia 24 de novembro de 2011, no 2º Tribunal do Júri, no Centro do Rio de Janeiro, às 13 horas.

O ex-policial militar Elias Gonçalves foi absolvido, com o placar de 5 votos a 2, depois de mais de sete horas de julgamento. A decisão foi dada pelo júri popular, em sessão iniciada na tarde de 24/11, e lida pelo juiz Jorge Luiz Le Cocq D'Oliveira, do 2º Tribunal do Júri, por volta das 21h50.

Os pais de João Roberto deixaram o local antes do resultado. Ainda cabe recurso à acusação.  

O ex-PM Elias Gonçalves (centro) sorri ao deixar o tribunal
 Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

Secretária de Segurança Pede desculpas


Secretária Pede desculpas

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu, na tarde de segunda-feira (07/07/2008), que houve despreparo da polícia no caso. O secretário classificou a ação dos policiais como "desastrosa".

"Foi uma ação desastrosa da polícia"

- Peço desculpas, mas elas não adiantam, porque houve uma tragédia como essa. Foi uma ação desastrosa da polícia. Eu, como pai e policial, me sinto constrangido com o caso. Houve um total despreparo e falta de discernimento dos policiais - disse Beltrame. 


Fonte: O Globo

Missa de 7º Dia do pequeno João Roberto


Missa de sétimo dia de João Roberto
 exibido na Rede Globo no programa RJ TV em 12/07/2008.

Protestos marcam missa de sétimo dia do menino João Roberto


RIO - Protestos pela paz marcaram na manhã deste sábado (12/07/2008) o início da missa de sétimo dia do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, morto no último domingo (06/07/2008) na Tijuca por policiais militares. 

Por volta das 9h da manhã, familiares e amigos começaram a chegar na Catedral Metropolitana de São Sebastião, na Avenida Chile, no Centro, vestindo camisas brancas estampadas com a foto do menino. Com faixas pretas em sinal de luto, cerca de 20 taxistas, colegas de trabalho do pai de João, chegaram em carreata ao local.

À pedido dos pais de João, a missa, celebrada por cerca de duas horas pelo padre Haroldo, foi realizada em local reservado. Ao final da cerimônia, a avó materna do menino desmaiou e precisou ser levada para a sacristia. Os pais de João Roberto, o taxista Paulo Roberto Amaral e a advogada Alessandra Soares, também precisaram ser amparados devido à forte comoção.


Cerca de 300 pessoas, entre familiares, amigos e famílias de outras vítimas da violência na cidade compareceram à homenagem. Os pais do jovem morto por um PM na saída da Boate Baronetti, em Ipanema, chegaram no final da missa, assim com as mães dos três rapazes da Morro da Providência que foram entregues a traficantes da Mineira por militares Exército.

O menino João Roberto voltava da casa de parentes, na Ilha do Governador, com a mãe e o irmão de 9 meses, Vinícius, quando o carro em que estava foi atingido por 17 tiros, disparados, segundo as investigações, por dois policiais militares. Os PMs perseguiam assaltantes e confundiram o veículo da família com o dos criminoso.


Um pedido de paz estampado no peito com a foto do pequeno João Roberto, morto no último dia 6 por policiais militares na Tijuca, na Zona Norte do Rio, marcou a missa de sétimo dia do menino, na Catedral Metropolitana da cidade. 

Emocionados, os pais de João pediram que a cerimônia fosse realizada num altar mais reservado do templo e que a imprensa não fizesse imagens do local. Além de amigos e parentes da criança, famílias de outras vítimas da violência compareceram à homenagem.

A missa está sendo realizada na Capela do Santíssimo, que fica dentro da Catedral, e está lotada. A capacidade é para 300 pessoas.

"Nas favelas, nas ruas, entre aqueles que usam fardas também têm pessoas de bem e não são essas pessoas que têm que mudar, mas essa estrutura que está montada aí. Quantos Joãos, Marias e Gabrielas e tantas outras que sequer soubemos também se foram das formas mais diversas, pelas atrocidades das mais perversas? ", disse o padre durante a missa. 

Fonte: G1

Uma carreata com cerca de 20 taxistas amigos do pai de João Roberto também foi prestar a última homenagem ao menino e protestar contra a violência na cidade.








Fotos Guilherme Pinto / O Globo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Desligaram os aparelhos na frente da família



DESLIGARAM OS APARELHOS NA FRENTE DA FAMILIA

RIO - O menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, baleado no domingo, dia 06 de julho de 2008, na Tijuca, quando PMS metralharam o carro de sua mãe, morreu às 20h10 da segunda-feira (07/07). Ele teve a morte cerebral confirmada à tarde, mas era mantido ligado a aparelhos porque sua família havia autorizado a doação de seus órgãos. Quando o Rio Transplante constatou que apenas as córneas da criança poderiam ser transplantadas, os pais do menino e amigos, foram à UTI se despedir de João Roberto. Um pastor fez preces diante de todos e, logo em seguida, os aparelhos que ainda mantinham João vivo foram desligados, na frente de sua família.

As córneas devem ser retiradas pelo Banco de Olhos. O corpo de João será levado para o Instituto Médico Legal.

De acordo com o chefe da pediatria do Hospital Copa D'Or, Arnaldo Prata, a criança tinha menos 5% de chances de sobreviver. Revoltado, o pai da criança, o taxista Paulo Roberto Amaral, desmentiu a versão de que havia um tiroteio no momento em que João foi baleado. Ele negou que o carro de sua família estivesse no meio de um fogo cruzado, como afirmou a polícia. 

Fonte: O Globo

A tragédia que vitimou o pequeno João Roberto Amorim Soares


O menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, foi baleado no dia 06/07/08 na Tijuca, quando policiais militares metralharam o carro de sua mãe, a advogada Alessandra Soares e morreu às 20h10 do dia 07/07/08. O carro teria sido “confundido” por policiais com um veículo usado por criminosos em fuga.

No domingo 6, a advogada carioca Alessandra Soares voltava de uma festa de família, quando uma perseguição policial cruzou seu caminho. Eram 19h30. Com os filhos de 9 meses e 3 anos no banco de trás do carro, ela já estava praticamente na esquina de casa, na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em um edifício próximo, o circuito de TV registrou o que se transformaria em tragédia. Primeiro, um Fiat Stilo preto apareceu em disparada pela Rua General Espírito Santo Cardoso, que dá acesso a três favelas da região. Segundos depois, Alessandra encostou seu Palio Weekend cinza para dar passagem a uma viatura da PM. Em vez de continuar, o carro parou. Dois policiais saíram e começaram a atirar no automóvel da advogada. Alessandra jogou pela janela uma bolsa com pertences das crianças, para tentar mostrar que havia uma família ali. Mas os tiros só cessaram quando ela abriu a porta, aos gritos. Três balas tinham atingido seu filho João Roberto, de 3 anos. Ele morreu na segunda-feira, dias antes de seu quarto aniversário. 


O cabo William de Paula e o soldado Elias da Costa Neto disseram que o carro ficou sob fogo cruzado com os bandidos. Mas o laudo da perícia mostrou o que a gravação já deixara claro: não houve confronto. E, na lataria do carro de Alessandra, contam-se dezessete perfurações.

João Roberto teve a morte cerebral confirmada à tarde, mas era mantido ligado a aparelhos porque sua família havia autorizado a doação de seus órgãos. Quando o Rio Transplante constatou que apenas as córneas da criança poderiam ser transplantadas, os pais do menino e amigos, foram à UTI se despedir de João Roberto. Um pastor fez preces diante de todos e, logo em seguida, os aparelhos que ainda mantinham João Roberto vivo foram desligados, na frente de sua família.
De acordo com o chefe da pediatria do Hospital Copa D'Or, Arnaldo Prata, a criança tinha menos 5% de chances de sobreviver. 


Revoltado, o pai da criança, o taxista Paulo Roberto Amaral, desmentiu a versão de que havia um tiroteio no momento em que João Roberto foi baleado. Ele negou que o carro de sua família estivesse no meio de um fogo cruzado, como afirmou a polícia.

O desabafo do pai Paulo Roberto Soares: 

“eu sou cidadão de bem, eu pago meus impostos, eu estava trabalhando pra isso... Eu não posso pagar por essa sociedade podre que eles construiram... eu sou uma pessoa de bem... é isso que eu sou...”



Vestido com a roupa do Homem-Aranha, o corpo do pequeno João Roberto foi enterrado no Cemitério do Caju, Zona Portuária.

O pequeno João Roberto foi enterrado aos gritos de “justiça”  pouco depois das 17h da terça-feira (08/07/2008). No momento do sepultamento, acompanhado por cerca de 300 pessoas, 
entre parentes, amigos, vítimas da violência e integrantes de ONGs, marcado por emoção e revolta, o pai da criança, Paulo Roberto Barbosa Soares, pediu uma salva de palmas em homenagem ao filho.

“Você não vai morrer dentro do meu coração. Você não merece isso. Foi uma covardia o que fizeram com você”, foram as últimas palavras do pai para seu filho, que foi enterrado vestindo a roupa do Homem-Aranha, seu personagem preferido, que seria tema da sua festa de aniversário de 4 anos, no dia 29 de julho.

Após o sepultamento, integrantes do Movimento Rio de Paz soltaram um balão vermelho, em homenagem ao menino. Eles também carregavam duas faixas. Uma delas dizia "João Roberto - 3 anos - tragédia anunciada" e a segunda trazia estatísticas de homicídios no Estado entre 2000 e 2007 e projeções para 2008.

Carlos Santiago Ribeiro e Cleyde Prado Maia Ribeiro, pais de Gabriela, do Movimento Gabriela Sou da Paz estiveram presentes e prestaram solidariedade aos pais do menino João Roberto.

Cerca de 200 taxistas foram prestar homenagem a Paulo Roberto, seu companheiro de profissão, que trabalha na Grajaú Service. Eles chegaram juntos ao cemitério e ajudaram a fazer um cordão de isolamento para a passagem do caixão.