quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ex-PM é condenado a 18 anos de prisão por morte de João Roberto

Arte: Solange Vieira

O ex-cabo da Polícia Militar Wiliam de Paula foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado pela morte do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, em julho de 2008, em julgamento realizado nesta terça-feira (9). João foi morto a tiros quando o carro de sua mãe foi confundido com o de criminosos que eram perseguidos por policiais na Tijuca e atingido por 17 disparos. O réu, no entanto, ainda pode recorrer.
O ex-PM deixou o local preso, após o juiz  Jorge Luiz Le Cocq D'Oliveira decretar a prisão do réu na leitura da sentença.
O juiz comentou que o réu "tem perfil desajustado, má conduta social, é suspeito de envolvimento com milicianos, além de responder por outro homicídio de um agente penitenciário" no 3º Tribunal do  Júri.

"A justiça foi feita", comemorou a mãe, Alessandra Soares, chorando de alegria ao lado  do marido Paulo Roberto Soarespai de João Roberto.
"Vou chorar e abraçar meus filhos quando chegar em casa", disse ela, que considera a sentença "muito importante" para tentar que outras famílias não passem por isso.

O assistente de acusação, João Carlos Castellar, explicou que os jurados do 2º Tribunal do Júri decidiram pela condenação por homicídio qualificado e duas tentativas de homicídio, contra a mãe e o irmão de João Roberto.
O julgamento
No debate final entre defesa e acusação, Fábio Vieira dos Santos, representante do Ministério Público insistiu que a situação do acusado não era de legítima defesa.

"O local não era perto de morro e o acusado não estava em situação de risco. Ele quis matar. Os disparos foram feitos por ele para dentro do carro", disse.
A advogada assistente de acusação, Marta Barbosa, afirmou aos jurados que era melhor "20 bandidos soltos do que uma criança de 3 anos morta".
O defensor público Felipe Lima explicou aos jurados que a tese de defesa era a legítima defesa putativa, que significa não uma situação de risco real, mas "o risco que existe na cabeça das pessoas". Para ele, "dizer que um PM no Rio de Janeiro não tem pânico é retirar dele a vicissitude de um homem".
Ele cumprimentou os pais da criança que, nessa hora, saíram do plenário. O defensor disse que todos se identificaram quando viram a reportagem sobre a morte da criança. O defensor disse aos jurados que absolvição seria um exagero. Ele declarou que "William fez uma cagada. Foi imperito e imprudente".

Por isso, ele pediu que os jurados condenassem William por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. "Esse homem não saiu de casa para matar uma criança", disse.Muito emocionada, a mãe da criança, voltou a dizer que não tomou atitudes que justificassem os tiros e disse que até hoje a família luta contra a dor.
"Passei dois anos vivendo à base de medicamento tarja preta", conta Alessandra Muniz Soares. "Meu marido, que era taxista, até hoje toma remédio e ficou muito tempo sem trabalhar. Vinícios [irmão de João, na época bebê] tem sete anos e até hoje pergunta como o irmão morreu. Não tenho coragem de dizer."
João foi morto a tiros quando o carro de sua mãe foi confundido com o de criminosos que eram perseguidos por policiais na Tijuca. O veículo foi atingido por 17 tiros, segundo o perito Nilton Thalmaturgo Rocha Júnior, que prestou depoimento no 2º Tribunal do Júri do Rio, nesta terça. Segundo ele, a iluminação na rua no dia do crime não era ideal, mas seria possível enxergar quem estava no carro.
"Não fiz nada que justificasse essa agressão. Encostei [no acostamento] porque devemos parar quando uma ambulância ou carro da polícia passa. Eu não fiz mal a ninguém", declarou a mãe.
PM nega tiro que matou João Roberto
Em depoimento, Wiliam de Paula afirmou que atirou em direção ao pneu do carro de Alessandra. Segundo ele, os criminosos atiraram contra o veículo e mataram o menino João Roberto. “O episódio foi uma fatalidade. Eu não queria matar ninguém”, disse. O ex-policial respondeu apenas as perguntas do juiz e não as perguntas da promotoria. Ele negou envolvimento com milícias e afirmou que é retratado como “monstro” pela acusação.

“Pedimos para sair do carro e o veículo estava balançando. Eu vi marcas de tiro no carro e pensei que eram os meliantes. A dona Alessandra sabe disso. Mas eu não questiono, já que ela perdeu um filho”, afirmou.

Antes do julgamento, a defesa do ex-PM pediu a nulidade do processo devido ao contato entre a mãe de João, que é assistente do advogado de acusação, e o pai da criança. O juiz, no entanto, indeferiu o pedido após ponderação do promotor Fábio Vieira dos Santos.
“O processo não pode ser anulado porque eles são casados desde antes do acontecido com o pequeno João Roberto. Neste caso, a proibição do contato só faz sentido a partir do início do julgamento”, retrucou.
Novo júri
Este é o segundo julgamento do caso e foi pedido pelo Ministério Público do Rio, que recorreu da decisão que absolveu o ex-PM do crime de homicídio doloso, por quatro votos a três, em audiência realizada em 10 de dezembro de 2008. Segundo o MP, a decisão contraria a prova pericial que apontou o erro de William e do ex-PM Elias Gonçalves ao confundirem o carro de Alessandra Soares, mãe de João Roberto.

Junto com o também ex-PM Elias Gonçalves da Costa – que foi absolvido do crime – William foi acusado por ter disparado 17 vezes contra o carro da mãe de João Roberto, durante perseguição na Tijuca, na Zona Norte do Rio, matando a criança. O menino também estava com o irmão e a mãe dentro do veículo.

Relembre o caso

João Roberto foi baleado em 6 de julho de 2008, quando William de Paula e o ex-soldado Elias Gonçalves da Costa perseguiam bandidos na Rua Espírito Santo Cardoso, na Tijuca. Elias foi absolvido pelo Tribunal do Júri, após ter declarado que só deu um tiro para o alto e que o colega, William de Paula, é quem teria atirado no carro. Após o crime, os dois foram expulsos pela Polícia Militar.


Fonte: G1

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Novo julgamento do Cabo William, acusado de assassinar o pequeno João Roberto acontecerá nesta terça-feira


Por Sandra Domingues 

Na tarde de 09/06/2015, acontecerá o novo julgamento do cabo William de Paula, acusado de assassinar o pequeno João Roberto.
O Júri acontecerá no 2º Tribunal do Júri, 9º andar, às 13h:30m, no Fórum da capital, no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Depois de 7 anos de Impunidade, o que a família e sociedade esperam é que seja feito Justiça!

Do ocorrido:

O pequeno João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, foi baleado no dia 06/07/08 na Tijuca, quando policiais militares metralharam o carro de sua mãe, a advogada Alessandra Soares e morreu às 20h10m do dia 07/07/08. De acordo com testemunhas, o carro teria sido “confundido” por policiais com um veículo usado por criminosos em fuga.

O cabo William de Paula, acusado de matar o menino, João Roberto foi absolvido pelo crime de homicídio doloso, por quatro votos a três, em julgamento no dia 10/12/2008 no 2º Tribunal do Júri. Ele foi condenado por lesão corporal leve contra a mãe e o irmão do menino a sete meses em regime aberto, mas a pena foi convertida para prestação de serviços comunitários por 1 ano.
O Ministério Público recorreu e, em 2009, a Justiça anulou a sentença, determinando que o acusado fosse levado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. O denunciado Elias Gonçalves recorreu da sentença de pronúncia. Com isso, o seu processo foi desmembrado e ele foi julgado pelo 2º Tribunal do Júri.
O julgamento do soldado Elias Gonçalves da Costa Neto que acompanhava o cabo William, e é acusado de matar o pequeno João Roberto Amorim Soares, foi realizado no dia 24 de novembro de 2011, no 2º Tribunal do Júri, às 13 horas. O ex-policial militar Elias Gonçalves, foi absolvido. 
A decisão foi dada pelo júri popular, em sessão iniciada a tarde, e lida pelo juiz Jorge Luiz Le Cocq D'Oliveira por volta das 21h50m. Os pais de João Roberto deixaram o local antes do resultado.
Ainda cabe recurso à acusação.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Julgamento de ex-PM acusado de matar João Roberto no Rio é adiado


Foi adiado desta quinta-feira (28) para 27 de novembro de 2014 o novo julgamento do ex-cabo da Polícia Militar William de Paula, acusado de matar o menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, em 2008. O novo júri foi requerido pelo Ministério Público (MP-RJ), que recorreu da decisão que absolveu o ex-PM do crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar), por quatro votos a três, em audiência realizada em 10 de dezembro de 2008.
William de Paula foi condenado a sete meses em regime aberto por lesão corporal contra a mãe e o irmão do menino. A pena foi convertida para prestação de serviços comunitários por um ano.

Na apelação, o MP-RJ questiona o fato de a decisão dos jurados contrariar a prova pericial, que apontou o erro dos policiais ao confundirem o veículo da mãe de João Roberto com o de bandidos que estavam em fuga, e ao terem disparado 17 tiros contra o carro de Alessandra Soares. O pedido foi julgado procedente pelos desembargadores da 7ª Câmara Criminal, que anularam a sentença e determinaram a realização de novo julgamento.

João Roberto foi baleado em 6 de julho de 2008, quando William de Paula e o ex-soldado Elias Gonçalves da Costa perseguiam bandidos na Rua Espírito Santo Cardoso, na Tijuca. Elias foi absolvido pelo Tribunal do Júri, após ter declarado que só deu um tiro para o alto e que o colega, William de Paula, é quem teria atirado no carro. Após o crime, os dois foram expulsos pela Polícia Militar.

Fonte: G1

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Olha quem a PM trata como Bandido


Essa foi uma das capas dos jornais que noticiaram a triste tragédia, que vitimou o pequeno João Roberto Amorim Soares, de apenas 3 anos, em julho de 2008.

Vítima do Estado, de uma polícia despreparada, irresponsável e depois vítima da própria sociedade, que absolveu os dois acusados; Willian de Paula e Elias Gonçalves da Costa e únicos responsáveis pela morte do menino!

Não houve troca de tiros, os PM's abordaram as vítimas à base de tiros e dispararam 17 vezes num carro parado e ainda assim foram absolvidos, porém o pequeno João Roberto e sua família não tiveram uma segunda chance!

Pense nisso:

E SE FOSSE SEU FILHO, VOCÊ ABSOLVERIA?!

O cabo Willian de Paula será julgado novamente, pois o Ministério Público recorreu e conseguiu anular o julgamento. A data do novo júri ainda não foi marcada.

Temos que conscientizar a população de que o POLICIAL MATOU o pequeno João Roberto e não podemos aceitar que o crime fique impune.

Mais informações nesse link: Julgamento dos acusados da morte do pequeno João Roberto


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Ex-PM acusado de matar o menino João Roberto culpa o colega pelo crime


RJTV 2ª Edição
Quinta-feira, 24/11/2011

Elias Gonçalves da Costa, que acompanhava o cabo William, e acusado de matar o pequeno João Roberto Amorim Soares, de apenas 3 anos, no dia 06 de julho de 2008, foi julgado no 2º Tribunal do Júri, no dia 24 de novembro de 2011 e absolvido, com o placar de 5 votos a 2, depois de mais de sete horas de julgamento. Ele admitiu que mentiu em outros depoimentos e contou que só deu um tiro para o alto e que o colega, William de Paula, é quem teria atirado no carro onde estava João Roberto, em 2008.

O cabo
William de Paula, acusado de matar o menino, João Roberto foi absolvido pelo crime de homicídio doloso, por quatro votos a três, em julgamento no dia 10/12/2008 no 2º Tribunal do Júri. Ele foi condenado por lesão corporal leve contra a mãe e o irmão do menino a sete meses em regime aberto, mas a pena foi convertida para prestação de serviços comunitários por 1 ano.

O Ministério Público recorreu e, em 2009, a Justiça anulou a sentença, determinando que o acusado fosse levado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. 
O denunciado Elias Gonçalves recorreu da sentença de pronúncia. Com isso, o seu processo foi desmembrado e foi julgado pelo 2º Tribunal do Júri.

Expulsos os dois policiais envolvidos na morte do pequeno João Roberto


Em janeiro de 2009, a Polícia Militar decidiu expulsar os dois policiais envolvidos na morte do menino João Roberto, ocorrida em 6 de julho de 2008 na rua Uruguai, na Tijuca. Ao contrário do que foi noticiado anteriormente, não foi somente o cabo William de Paula a ser expulso da corporação, mas também o soldado Elias Gonçalves Costa Neto. A decisão foi tomada por um colegiado da corporação e foi atendida pelo comandante-geral, o coronel Gilson Pitta, como informou em primeira mão o Blog Casos de Polícia, do Extra Online.

A decisão foi publicada no Boletim da Polícia Militar. O documento informava que o soldado Elias havia sido posto de licença. No entanto, a Polícia Militar informou que trata-se apenas de uma nomenclatura diferenciada, já que o soldado não tinha estabilidade por ter menos de 10 anos na polícia.

O dois militares foram submetidos a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que observou a atuação de ambos na ocorrência que culminou na morte de João Roberto. A conclusão foi que os dois não são mais capazes de exercer a função de policial militar. O advogado de Willian informou que o cabo irá recorrer da decisão.

Em julho de 2008, Alessandra Amorim Soares chegou com seus dois filhos à rua Uruguai em seu Palio. O veículo foi atingido por vários disparos feitos pelos policiais, apesar do apelo da mãe alegando que não estava armada. Os policiais teriam confundido o carro de Alessandra com o de bandidos durante uma perseguição.

Em dezembro de 2008, William de Paula foi absolvido pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. No julgamento, William reconheceu que errou ao confundir o carro onde estava o menino e sua mãe, com um veículo ocupado por bandidos.

Na época da absolvição pelo Tribunal do Júri, o governador Sérgio Cabral afirmou que os jurados erraram. Cabral defendeu o afastamento do policial e disse que o PM não está preparado sequer para fazer serviços administrativos.

Elias Gonçalves da Costa, que acompanhava o cabo William, e acusado de matar o pequeno João Roberto Amorim Soares, foi julgado no 2º Tribunal do Júri, no dia 24 de novembro de 2011 e absolvido, com o placar de 5 votos a 2, depois de mais de sete horas de julgamento. 

Julgamento dos acusados da morte do pequeno João Roberto


Julgamento do cabo William de Paula

O cabo William de Paula, acusado de matar o menino, João Roberto, 3 anos, na Tijuca, foi absolvido pelo crime de homicídio doloso, por quatro votos a três, em julgamento no dia 10/12/2008 no 2º Tribunal do Júri. Ele foi condenado por lesão corporal leve contra a mãe e o irmão do menino a sete meses em regime aberto, mas a pena foi convertida para prestação de serviços comunitários por 1 ano.

O Ministério Público recorreu e, em 2009, a Justiça anulou a sentença, determinando que o acusado fosse levado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. O denunciado Elias Gonçalves recorreu da sentença de pronúncia. Com isso, o seu processo foi desmembrado e foi julgado pelo 2º Tribunal do Júri.

"A fita (imagens que mostram a ação) é clara e estou confiante na condenação. Não entendo até hoje porque agiram daquela forma. O modelo do carro era diferente, a cor era diferente", disse Alessandra, antes de ser divulgado o veredito.




"Saí do tribunal estarrecido. Continuo com meu sofrimento e não consigo fazer justiça pela morte de meu filho. Fizeram uma barbárie com minha família", disse Paulo Roberto, em entrevista à Rádio Bandnews.

O pai da criança criticou a postura violenta dos PMs durante a ação.

"Eles (policiais) chegam para matar e tem gente que acha certo. Foi um verdadeiro milagre tirar minha esposa e outro filho com vida daquele carro. Eu quero justiça, mas infelizmente não consigo". 


Julgamento do soldado Elias Gonçalves da Costa Neto

O julgamento do soldado Elias Gonçalves da Costa Neto que acompanhava o cabo William, e é acusado de matar o pequeno João Roberto Amorim Soares, foi realizado no dia 24 de novembro de 2011, no 2º Tribunal do Júri, no Centro do Rio de Janeiro, às 13 horas.

O ex-policial militar Elias Gonçalves foi absolvido, com o placar de 5 votos a 2, depois de mais de sete horas de julgamento. A decisão foi dada pelo júri popular, em sessão iniciada na tarde de 24/11, e lida pelo juiz Jorge Luiz Le Cocq D'Oliveira, do 2º Tribunal do Júri, por volta das 21h50.

Os pais de João Roberto deixaram o local antes do resultado. Ainda cabe recurso à acusação.  

O ex-PM Elias Gonçalves (centro) sorri ao deixar o tribunal
 Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia